(Foto: Reprodução) – Vereador Redvaldo Santana de Carvalho,mais conhecido como Régis Santana, de 51 anos, foi vítima de uma tentativa de homicídio em 13 de abril de 2024
O crime ocorreu em 13 de abril de 2024, no município de Nova Ipixuna, região sudeste do Pará, e teve ampla repercussão política.
A tentativa de homicídio contra o vereador Rivaldo Santana de Carvalho, conhecido como Regis Santana (PP), completa, neste mês de abril, um ano sem que as investigações tenham sido concluídas. O crime ocorreu no dia 13 de abril de 2024, em frente à residência do parlamentar, localizada às margens da rodovia PA-150, no município de Nova Ipixuna, sudeste do Pará.
Na ocasião, Regis Santana foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta, um dos quais efetuou disparos de arma de fogo. O vereador foi atingido, mas conseguiu escapar com vida e recebeu atendimento médico. A Polícia Civil do Pará instaurou inquérito e iniciou as investigações no mesmo dia, tratando o caso como tentativa de homicídio qualificado.
Dois meses após o atentado, em 13 de junho de 2024, a Polícia Civil deflagrou a Operação Thamis, que resultou na prisão temporária do vereador João Rodrigues de Barros Filho, conhecido como Joãozinho Barros (MDB), suspeito de envolvimento na articulação do crime. Durante o cumprimento de mandados judiciais, foram apreendidos na residência do parlamentar uma arma de fogo sem registro, munições e aparelhos eletrônicos.
Em audiência de custódia realizada na Comarca de Marabá (15/6), a Justiça manteve a prisão preventiva de Joãozinho Barros, considerando os elementos reunidos até então no inquérito e a necessidade de garantir a integridade da investigação. A decisão teve forte repercussão no meio político local, especialmente porque a vítima e o investigado integravam, até então, a Mesa Diretora da Câmara Municipal.
No dia 11 de julho de 2024, a Justiça concedeu liberdade provisória ao vereador Joãozinho Barros, mediante medidas cautelares, como recolhimento domiciliar noturno, afastamento das atividades parlamentares por 60 dias e proibição de manter contato com a vítima e testemunhas. Desde então, o caso segue tramitando em segredo de Justiça.
A defesa de Joãozinho Barros, que durante o período de prisão foi conduzida pelo advogado Arnaldo Ramos Júnior, já não está mais sob responsabilidade do mesmo profissional. A substituição ocorreu ainda em 2024, e não há informações públicas atualizadas sobre quem atualmente representa o vereador.
O nome de Joildo de Sá, conhecido como “Duelo”, chegou a ser mencionado no inquérito, mas informações posteriores indicam que ele não estava em Nova Ipixuna no momento do atentado. A prisão teria ocorrido após o envio de um áudio à ex-companheira, no qual ele assumia o crime em tom de ameaça. Fontes próximas ao caso afirmam que não há elementos que sustentem sua participação direta.
A equipe do Portal Debate entrou em contato com o delegado responsável pelo caso, Dr. Celso, que confirmou que o inquérito segue em andamento. Segundo ele, devido à complexidade dos fatos e à necessidade de preservar o sigilo da investigação, não é possível divulgar atualizações neste momento. No entanto, garantiu que os trabalhos continuam ativos e que a equipe está empenhada em concluir o caso ainda este ano.
Há quase um ano do crime, o caso permanece entre os mais delicados do cenário político recente de Nova Ipixuna. A população segue atenta aos desdobramentos e à expectativa de que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados.