Projeto distribui filtro portátil para comunidades da Ilha do Combu sem água potável, no Pará — Foto: Juliana Alvarez/TV Liberal
Material utiliza nanotecnologia e já beneficiou mais de 300 pessoas da região ribeirinha de Belém.
Um dos principais pontos turísticos da capital paraense, a Ilha do Combu, mesmo rodeada por rios de água doce, não possui sistema de tratamento e abastecimento de água. Na localidade, aproximadamente 3 mil famílias sofrem com a falta de água potável e uma entidade começou a distribuir filtros de água para tentar mudar esta realidade.
A expectativa é que até a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), que ocorrerá em Belém, novas remessas de filtro sejam doadas às ilhas que rodeiam a capital.
A falta do serviço, que é um direito básico, tem limitado a vida dos ribeirinhos que moram na Ilha do Combu, localizada a cerca de 15 minutos de Belém.
“Nós pegamos água no poço e a gente coloca hipoclorito, 2 gotas para cada litro de água na água, mas muita das vezes nós não temos esse hipoclorito. Várias crianças já apresentaram diarréia e vômito, devido a água contaminada”, disse Lucila, moradora da região.
Para tentar mudar esta realidade, uma entidade que atua em 45 países, incluindo o Brasil, levando às localidades tecnologias que facilitem o acesso a água potável começou a distriburi filtros na ilha do Combu
“A gente trabalha pautado nos objetivos de desenvolvimento sustentáveis (ODS) da agenda 20/30 da ONU. São 17 objetivos, nós usamos o ODS 6, que é o acesso a água potável e saneamento. Os números que nos movem, que faz a gente está aqui, trabalhando como organização, são os 35 milhões de brasileiros que não têm acesso água potável e 100 milhões de brasileiros que não têm acesso a saneamento básico”, explica Baruc Vendito Batista, fundador da ONG.
Mais de 300 pessoas foram beneficiadas com o projeto, que tem tornado a água potável, própria para consumo, segundo a ONG Water Is Life, que há 20 anos tem trabalhado para minimizar os impactos provocados pelo consumo da água não tratada pelo mundo.
Um dos diretores da ONG, Felipe Martins, explica que para a seleção das famílias “contamos com as lideranças locais, as instituições que já atuam aqui na região para fazer esse mapeamento para entender quais eram as famílias em situação mais vulnerável, principalmente aquelas que têm crianças e idosos dentro de casa, nós selecionamos essas famílias”.
Como funciona?
O filtro portátil de nanotecnologia possui uma membranas de ultra filtração, que retém em 99,9% de vírus, bactérias e impurezas presentes na água.
Ele produz, em média, de 50 a 100 litros de água potável por dia. Dependendo da fonte da água e da manutenção do equipamento, ele pode durar de 2 até 5 anos.
Nas ilhas ele está sendo usado em baldes, mas também podem ser colocados diretamente em garrafas pet.
“A água sai tratada e a gente pode beber essa água sem contaminação. Sem dúvida, é maravilhoso”, comemorou uma das moradoras que recebeu o filtro.
O fundador da ONG enfatiza que esta não é uma solução definitiva, mas uma esperança para a população ter acesso a água potável de forma rápida e eficaz.
Fonte: Juliana Alvarez e Publicado Por: em 21/08/2024/16:35:10
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