Foto: Reprodução | Irrigados por grandes rios, Marabá e Parauapebas exibem movimentações financeiras dentro do razoável com a aquicultura, ainda assim abaixo do potencial que verdadeiramente possuem
Conhecido pela tradição pecuária, pela produção de bauxita e, mais recentemente, por se revelar um celeiro de soja em franca ascensão, Paragominas também é destaque na produção estadual de pescado. No ano passado, o município movimentou cerca de R$ 42,82 milhões no ramo de aquicultura, sagrando-se o número 1 do Pará nesse nicho comercial. As informações são do Blog do Zé Dudu.
O Blog analisou dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) recentemente publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e observou que apenas a produção de tambaqui em Paragominas, no valor de R$ 37,18 milhões, foi quase três vezes maior que a produção de pescado inteira de Altamira, que movimentou R$ 13,87 milhões ao longo do ano passado e ocupou o 2º lugar no ranking geral do estado.
Outro destaque em Paragominas foi a produção de tilápia, no valor de R$ 5,07 milhões, o que é praticamente equivalente à movimentação de pescado total de Tucuruí, 10º colocado no Pará e que, em 2023, faturou R$ 5,38 milhões com commodities da aquicultura.
Apesar de estarem entre os 20 maiores produtores de pescado do estado, Marabá (R$ 12,98 milhões) e Parauapebas (R$ 2,86 milhões) exibem movimentações financeiras com aquicultura dentro do razoável, ainda assim muito abaixo do potencial que verdadeiramente possuem, especialmente por se equiparem de cursos d’água importantes, como os rios Tocantins, Itacaiúnas e Parauapebas, os quais possuem grande diversidade de peixes.
VEJA O RANKING DOS MAIORES PRODUTORES DE PESCADO NO PARÁ
1º Paragominas — R$ 42,82 milhões
2º Altamira — R$ 13,874 milhões
3º Conceição do Araguaia — R$ 13,816 milhões
4º Marabá — R$ 12,978 milhões
5º Novo Repartimento — R$ 12,146 milhões
6º Ipixuna do Pará — R$ 11,928 milhões
7º Uruará — R$ 9,695 milhões
8º Xinguara — R$ 7,228 milhões
9º Ulianópolis — R$ 5,566 milhões
10º Tucuruí — R$ 5,383 milhões
11º Cametá — R$ 5,092 milhões
12º São João do Araguaia — R$ 4,124 milhões
13º Dom Eliseu — R$ 3,9 milhões
14º Tucumã — R$ 3,891 milhões
15º Cumaru do Norte — R$ 3,6 milhões
16º Brasil Novo — R$ 3,238 milhões
17º Garrafão do Norte — R$ 3,089 milhões
18º Capitão Poço — R$ 3,041 milhões
19º Parauapebas — R$ 2,86 milhões
20º Baião — R$ 2,713 milhões
Pará abaixo do esperado
Apesar de ser um dos estados mais poderosos em abundância de águas, uma vez que seu território é banhado por mar e cortado por alguns dos maiores rios do mundo, o Pará não está sequer entre os dez maiores produtores de pescado do Brasil, com sua tímida movimentação de R$ 230,7 milhões de dólares, longe dos primeiros colocados nacionais, que são o Ceará (R$ 1,581 bilhão) e o Paraná (R$ 1,551 bilhão).
Apenas 14º no ranking nacional, o estado tem na produção de tambaqui (R$ 120,18 milhões) o carro-chefe da cesta de pescado, seguido de tambacu (R$ 53,93 milhões), tilápia (R$ 12,42 milhões), alevinos (R$ 10,81 milhões) e matrinxã (R$ 8,46 milhões).
O Pará é o 3º maior produtor de tambaqui do país, atrás de Rondônia (R$ 483,26 milhões) e Roraima (R$ 160,72 milhões); o 3º de tambaqui, atrás de Mato Grosso (R$ 222,09 milhões) e Maranhão (R$ 79,6 milhões); e o 4º maior de tucunaré, com faturamento de R$ 278 mil, atrás de Bahia (R$ 3,49 milhões), Rio Grande do Norte (R$ 423 mil) e Pernambuco (R$ 310 mil).
Fonte: Blog Zé Dudu e Publicado Por: https://www.adeciopiran.com.br em 24/09/2024/16:11:38
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