Pará lidera relatos de aparição de óvnis à Aeronáutica

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Foto: Reprodução | Quem lidera o ranking de estados com mais avistamentos é o Pará, com 140 casos, ou 16% do total. Em seguida, vêm Paraná, com 128 (15%), e São Paulo, com 126 (14,%).

Há mais mistérios no céu do que se pode imaginar: para ser mais preciso, são pelo menos 934 deles. É esse o número de relatos de aparição de óvnis reunidos por militares no país desde que começaram a acompanhar o assunto, há sete décadas, até os dias de hoje.

Quem lidera o ranking de estados com mais avistamentos é o Pará, com 140 casos, ou 16% do total. Em seguida, vêm Paraná, com 128 (15%), e São Paulo, com 126 (14,%).

É o que mostra um levantamento feito pela Folha nos documentos da Aeronáutica sobre o tema, guardados hoje no Arquivo Nacional.

Para chegar aos dados, a reportagem utilizou dois resumos, antes secretos, do antigo Comdabra (Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro), que reuniu informações até 2006.

Já os números depois dessa data foram extraídos de fichas manuscritas pela ferramenta de inteligência artificial Google NotebookLM. Depois de uma tabulagem e checagem, as informações foram tratadas para integrar o resumo da Aeronáutica dos outros anos.

A coleção de documentos se incia em 1952, quando o tema dos óvnis começa a se popularizar e os militares passam a reunir e investigar relatos. Posteriormente, todos esses papéis passam a fazer parte de uma coleção única, abastecida a cada ano com novos documentos.

Hoje, qualquer um que tenha visto —ou pense ter visto— um óvni pode preencher a chamada “ficha de controle de tráfego hotel” com seu relato, depois remetido ao Comae (Comando de Operações Espaciais) para arquivamento.

Os anos da pandemia concentram o maior número de casos nesta década, e as aparições de óvnis de 2020 a 2023 respondem por 11% do total da série histórica.

Mas, a julgar pelos dados, 1977 foi o ano em que mais fizemos contato, com um registro de 85 avistamentos de óvnis no Brasil, 82 deles no Pará.

Não é para menos. Aquele é o ano mais lendário e —para quem acredita em vida fora da Terra— mais assustador quando o assunto são alienígenas no Brasil. Foi quando surgiu uma série de relatos de supostos ataques extraterrestres no Pará e no Maranhão.

A população ribeirinha falava em corpos luminosos que emitiam raios e deixavam as vítimas “inertes, trêmulas, com a voz presa e outros sintomas”. E as pessoas diziam que “o bicho” tinha sugado seu sangue enquanto dormiam —os homens, pelo pescoço; e as mulheres, pelos seios.

O clima de pavor era tamanho que a Aeronáutica destacou militares do 1º Comando Aéreo Regional para a cidade de Colares (PA). Era lá que, segundo um dossiê do Serviço Nacional de Informações, estavam os relatos mais graves.

No relatório da missão, conhecida como Operação Prato, os militares chegam a registrar o avistamento de luzes, mas não há conclusões sobre sua real natureza.

O levantamento de dados mostra que a situação no Pará se estendeu para o ano seguinte, 1978, quando houve 48 registros de objetos voadores não identificados, de um total de 63 nacionalmente.

O ano que aparece em décimo lugar no ranking de mais avistamentos, 1986, tem uma particularidade: a maior parte dos casos aconteceu em uma única noite. No dia 19 de maio, pelo menos 21 óvnis foram avistados em quatro estados do país —o que levou a Força Aérea a enviar caças para interceptá-los.

Os arquivos sobre o tema guardam dezenas de documentos sobre aquele dia, com relatos de diversos pilotos e até gravações em áudio.

Um relatório enviado ao Ministério da Aeronáutica traz um resumo do caso. O que torna aquela noite lendária é que os objetos não foram só detectados pelos radares do controle aéreo —os óvnis também apareceram no radar dos caças e, em vários casos, foram vistos a olho nu pelos pilotos.

Segundo o documento, os objetos alternavam velocidades supersônicas e subsônicas, variavam de altitude, emitiam luzes de diferentes cores e podiam “efetuar curvas com raios constantes e outras vezes com raios indefinidos”.

Os aviões de combate chegaram a perseguir os objetos, mas eles fugiram, alguns em direção ao oceano Atlântico.

A conclusão? “Este Comando é de parecer que os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores como também voar em formação, não forçosamente tripulados.”

Os arquivos daquele ano mostram que óvnis continuaram a ser vistos por pilotos nos dias e meses seguintes àquela noite.

Casos como esses fizeram a Força Aérea implementar uma política de Estado para reunir e organizar relatos sobre óvnis pelo país.

Em 1978, por exemplo, um ano depois da Operação Prato, uma nota do Ministério da Aeronáutica recomendava uma organização cronológica dos fenômenos no céu do Brasil, “como todos os dados disponíveis, inclusive aqueles obtidos por investigações oficiais posteriores”.

Já depois do episódio de 1986, a força decidiu entregar ao Nucomdabra (Núcleo do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro) por analisar e guardar os documentos sobre óvnis. E foram decisões como essas que permitiram esses papéis estarem hoje reunidos em uma coleção unificada, em vez de dispersos.

Fonte:  (Com TNH1) e Publicado Por: https://www.adeciopiran.com.br em 09/12/2024/14:20:38
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