(Foto: Comunicação do MST) – O grupo está acampado na Cabanha Santa Angélica, em Pedras Altas, desde o início da manhã desta terça-feira.
Recentemente, em 3 de dezembro de 2024, a Cabanha Santa Angélica, localizada em Pedras Altas, no sul do Rio Grande do Sul, foi alvo de uma invasão pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Um grupo do MST acampou na propriedade desde o início da manhã daquela terça-feira. O proprietário, Ramiro Costa, confirmou a ocupação e foi a caminho do local para obter mais detalhes.
A ocupação do MST na Cabanha Santa Angélica, foi confirmada mais cedo pelo proprietário da propriedade, Ramiro Costa, segundo divulgou o Canal Rural, mas detalhou que ainda não há informações precisas sobre o impacto ou o número de pessoas envolvidas.
Recentemente, a região e suas atividades agropecuárias têm gerado atenção devido a questões envolvendo o movimento sem-terra e a disputa por terras produtivas. O MST, um dos braços do Governo Lula no campo, vem desafiando os proprietários de terras produtivas e, em alguns casos, até mesmo o próprio estado que segue com grande leniência e compadece das invasões e destruições que o movimento faz no setor agropecuário por onde passa.
“Com o lema Natal com Terra, famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam duas áreas no município de Pedras Altas, no Rio Grande do Sul. Além disso, na manhã desta terça-feira (3), grupos de famílias de quatro acampamentos gaúchos iniciaram uma vigília na sede do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Porto Alegre, sem previsão de término”, divulgou o MST em Nota nas redes sociais.
O movimento ainda complementou dizendo que: “A ocupação em Pedras Altas foi em duas fazendas, totalizando 2mil há, com famílias do Acampamento Sebastião Sales de Hulha Negra. A mobilização busca pressionar por medidas concretas para garantir terra e condições de vida dignas às famílias envolvidas.” Declarando que vão continuar a pressionar o Governo Lula para poder ganhar mais terras e realizar a Reforma Agrária.
Cabanha Santa Angélica: Tradição e Excelência Genética no Sul do Brasil
Localizada em Pedras Altas, no sul do Rio Grande do Sul, a Cabanha Santa Angélica é uma das propriedades mais tradicionais do Brasil, com sua fundação datada de 1870. Reconhecida nacionalmente, ela se destaca pela criação de cavalos Crioulos, bovinos das raças Hereford e Braford, ovinos Romney Marsh e gado leiteiro. A excelência genética da cabanha tem contribuído significativamente para a pecuária brasileira ao longo dos anos.
Premiação e reconhecimento na raça Hereford
Em 2021, a Cabanha Santa Angélica recebeu o prêmio Supremacia Genética da raça Hereford, concedido pela Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC). O touro Greene Wisdom 6129, de tatuagem 6129, foi o destaque entre os machos da geração 2019, alcançando um Índice Final de 34,16 e reforçando o compromisso da propriedade com a alta qualidade genética.
O legado de Santa Elba Señuelo
A cabanha também carrega a história do icônico cavalo Crioulo Santa Elba Señuelo, que viveu na propriedade por 28 anos. Considerado um dos mais influentes reprodutores da raça Crioula, Señuelo deixou um legado notável: foi pai de 1.117 filhos, sendo 225 premiados em diversas competições, incluindo campeões do prestigiado Freio de Ouro.
Impacto no cenário nacional
Com uma trajetória marcada por prêmios e reconhecimento, a Cabanha Santa Angélica segue como referência na pecuária brasileira, consolidando sua importância tanto na produção quanto no desenvolvimento genético de raças de destaque.
MST invade e ocupa Cabanha Santa Angélica
Além da ocupação da Cabanha Santa Angélica, ainda segundo o movimento em postagem nas redes sociais, o MST do Rio Grande do Sul afirma que haveria ainda uma outra fazenda invadida nesta terça-feira no município de Pedras Altas, em ação promovida por membros do acampamento Sebastião Sales, de Hulha Negra.
Confira a seguir a nota:
A Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) repudia veementemente a invasão ocorrida na Cabanha Santa Angélica, em Pedras Altas, no Rio Grande do Sul, promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nesta terça-feira, 3 de dezembro de 2024.
Atos como este representam uma afronta inaceitável ao direito de propriedade, base fundamental para o desenvolvimento do setor agropecuário e para a segurança alimentar do Brasil. A invasão de propriedades rurais é um ataque direto à ordem constitucional e coloca em risco a estabilidade jurídica necessária para que os produtores possam desempenhar suas atividades com segurança e planejamento.
A Febrac condena com firmeza qualquer forma de violência no campo e reforça que os conflitos devem ser resolvidos dentro do marco democrático, por meio do diálogo e do respeito às leis. Invasões e ações arbitrárias comprometem não apenas os produtores diretamente afetados, mas também a confiança em um setor estratégico para o Brasil e para o mundo.
Reiteramos a necessidade de uma resposta imediata e efetiva das autoridades competentes para proteger os direitos dos produtores e restaurar a ordem. A Febrac não tolera a impunidade e exige que medidas enérgicas sejam tomadas para evitar que ações semelhantes se repitam.
Nossa total solidariedade está com os proprietários e colaboradores da Cabanha Santa Angélica, que enfrentam não apenas prejuízos econômicos, mas também a indignidade de ver seu trabalho e dedicação desrespeitados.
A Febrac reafirma seu compromisso em defender os interesses dos criadores de animais de raça e em trabalhar incansavelmente por um setor agropecuário forte, seguro e respeitado, dentro dos princípios da legalidade e da democracia.
Fonte: Ana Gusmão e Publicado Por: https://www.adeciopiran.com.br em 04/12/2024/15:07:38
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