O médico foi conduzido pelos policiais à delegacia, sem o uso de algemas, para prestar esclarecimentos — Foto: Reprodução
Ruy de Souza Gonçalves, de 67 anos, foi solto após passar por audiência de custódia, nessa segunda-feira (16), depois de ser preso.
O médico Ruy de Souza Gonçalves, de 67 anos, suspeito de assediar sexualmente de uma paciente durante uma consulta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pascoal Ramos, em Cuiabá, foi afastado do cargo pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), nesta terça-feira (17).
Ruy foi preso pela Polícia Militar nessa segunda-feira, mas foi solto horas depois por decisão da Justiça.
Em nota, a SMS informou que o caso foi relatado pelo Diretor Técnico da unidade, por meio de documento oficial, solicitando o afastamento do profissional devido à gravidade da situação.
“O médico não está mais atuando nos atendimentos nas unidades onde trabalhava e, por ser servidor efetivo em um dos vínculos, responderá a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD)”, diz trecho da nota.
De acordo com a secretaria, o diretor técnico da unidade orientou a paciente a formalizar a denúncia e encaminhou um documento oficial com todas as informações para a SMS. Segundo a secretaria, o afastamento foi necessário para garantir a segurança dos pacientes e para que as medidas administrativas fossem tomadas.
Entenda o caso
Nessa segunda-feira, Ruy foi detido após ser denunciado por uma paciente por assédio e importunação sexual durante um atendimento na UPA. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a denúncia foi feita diretamente à coordenadora da unidade, que acionou a Polícia Militar.
Segundo a Polícia Civil, a vítima, de 32 anos, afirmou que foi importunada sexualmente durante um atendimento que realizava com o médico. Para comprovar as acusações, a mulher afirmou que gravou parte do atendimento com o celular.
Uma das provas coletadas durante a investigação foi um áudio gravado pela paciente, no momento em que ela é assediada (ouça acima).
Na gravação, é possível ouvir que Ruy pede beijos à mulher, enquanto repassa orientações médicas. Após o ocorrido, a vítima fez uma denúncia diretamente à coordenadora da unidade, que acionou a Polícia Militar.
Leia conversa:
Médico: Esse hemograma deve ficar pronto à tarde
Paciente: Aham
Médico: E aqui o atestado de cinco dias, tá?
Paciente: Tá
Médico: Agora dá um beijinho em mim, dá? Me dá um beijinho
Paciente: Não, não dá, né!
Médico: Vem, vem!
Paciente: Não, não!
Médico: Dá sim!
Paciente: Não, não!
Médico: Dá sim, dá sim, dá sim!
Paciente: Vamos parar!
Para formalizar a denúncia, a vítima foi encaminhada até a Delegacia da Mulher, onde entregou as evidências do crime. O médico foi levados pelos policiais à delegacia, sem o uso de algemas, para prestar esclarecimentos.
Fonte: O Globo e Publicado Por: https://www.adeciopiran.com.br em 18/12/2024/14:00:38
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