O acordo também precisa ser formalmente ratificado pelo gabinete israelense. (Foto:Hatem Moussa/Associated Press/Estadão Conteúdo).
O acordo deve ser anunciado ainda nesta quarta pelo premiê do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani
O governo de Israel e o grupo terrorista Hamas fecharam as bases para um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na Faixa de Gaza, após intensa mediação de Estados Unidos, Catar e Egito nesta quarta-feira, 15.
Segundo fontes israelenses e uma autoridade de um dos países envolvidos nas negociações, citados pelo New York Times e pela mídia israelense, ainda faltam confirmar a data de início da trégua e outras questões técnicas.
O acordo deve ser anunciado ainda nesta quarta pelo premiê do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, que comanda as negociações.O acordo também precisa ser formalmente ratificado pelo gabinete israelense.
O Hamas colocou nas últimas horas da negociação demandas sobre a fronteira entre Egito e Gaza, atualmente controlada pelas forças israelenses, mas ainda não está claro se elas foram aceitas ou deixadas de lado.
O pacto também ameaça a estabilidade do governo de Binyamin Netanyahu. O ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, ameaça retirar o apoio à coalizão e articula para que outros parlamentares de extrema direita rompam com o governo.
Segundo a mídia israelense, no entanto, o governo tem a maioria dos votos no gabinete para aprovar a trégua.
O presidente eleito americano, Donald Trump, celebrou o acordo em suas redes sociais. Seu enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, participou ativamente das negociações ao lado de emissários do presidente Joe Biden. “Temos um acordo para os reféns no Oriente Médio.
Segundo o Haaretz, o Exército examinou “várias opções” para a retirada de tropas de Gaza, incluindo por meio do corredor de Netzarim, que divide o território em dois Exército de Israel autoriza plano de retirada de Gaza, afirma jornal Libertação de refénsO pacto fechado nesta quarta prevê que dezenas de reféns israelenses devem ser libertados, assim como centenas de prisioneiros palestinos e uma trégua nos combates.
O acordo de três fases – com base em uma estrutura estabelecida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e endossada pelo Conselho de Segurança da ONU – deve começar com a libertação gradual de 33 reféns ao longo de um período de seis semanas, incluindo mulheres, crianças, idosos e civis feridos em troca de centenas de prisioneiros palestinos que estão nas prisões israelenses.
Entre os 33, estariam cinco soldados israelenses, cada uma das quais seria libertada em troca de 50 prisioneiros palestinos, incluindo 30 terroristas condenados que estão cumprindo penas perpétuas. Ao final da primeira fase, todos os reféns civis- vivos ou mortos – terão sido libertados.
Durante esta primeira fase de 42 dias, as forças israelenses se retirariam dos centros populacionais de Gaza, os palestinos seriam autorizados a começar a retornar para suas casas no norte do enclave. Além disso, haveria um aumento na ajuda humanitária, com cerca de 600 caminhões entrando a cada dia no enclave.
Os detalhes da segunda fase ainda devem ser negociados durante a primeira fase. Esses detalhes continuam difíceis de resolver – e o acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até que um acordo seja alcançado, sinalizando que Israel poderia retomar sua campanha militar após o término da primeira fase.
Fases do acordoCaso um acordo seja realizado para a continuidade do cessar-fogo, o Hamas libertaria o restante dos sequestrados vivos, principalmente soldados homens, em troca de mais prisioneiros e da “retirada completa” das forças israelenses de Gaza, segundo o rascunho do acordo.
O grupo terrorista apontou que não libertaria os reféns restantes sem o fim da guerra e uma retirada israelense completa de Gaza, enquanto o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu prometeu só encerrar a guerra após destruir as capacidades militares do Hamas.
Em uma terceira fase, os corpos dos reféns restantes seriam devolvidos em troca de um plano de reconstrução de três a cinco anos que seria executado em Gaza sob supervisão internacional.
Fonte: Estadão Conteúdo e Publicado Por: https://www.adeciopiran.com.br em 15/01/2025/17:00:38
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