Ibama multa frigorífico 163 Beef de Novo Progresso em R$ 1,3 milhão e outros 22 frigoríficos em R$ 364 milhões

Frigoríficos foram multados em operação contra comércio de gado criado em áreas embargadas por desmatamento ilegal – (Foto:Divulgação/Ibama)

O Frigorífico “163 Beef” de Novo Progresso foi multado em  R$ 1,3 milhão por comércio de gado criado em áreas embargadas por desmatamento ilegal.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou R$ 364,5 milhões em multas contra 23 frigoríficos por comercializar carne de gado criado em áreas embargadas por desmatamento ilegal.

Entre os alvos estão filiais no Pará do grupo JBS, que pertence à J&F —dos irmãos Joesley e Wesley Batista. O valor inicial da punição contra a empresa, uma das maiores produtoras de carne bovina do mundo, é de R$ 615,5 mil, por casos em Tucumã (PA), cidade na região de São Félix do Xingu (PA).

Outras das firmas envolvidas na ação, realizada neste mês de outubro, são a Frigol (multa de R$ 1,8 milhão) de Tucumã (PA), a 163 Beef (quase R$ 1,3 milhão) de Novo Progresso (PA), e a Frizam (R$ 2,8 milhões) em Boca do Acre (AM).

Em nota à Folha, enviada após a publicação, a JBS afirma que nenhuma das compras “indicadas pelo Ibama foi realizada de áreas embargadas”.
Camionete com logo do Ibama em estrada de terra perto de bois; ao lado do carro, há um cavalo com um homem montado.

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“Em resposta enviada ao Ibama na quarta-feira, dia 23, a companhia apresentou as Guias de Trânsito Animal (GTA) relativas às aquisições do fornecedor citado, demonstrando que as propriedades estavam em plena conformidade com a legislação vigente e com a política de compras de matéria-prima da empresa“, diz ainda a JBS.

Fiscais do Ibama em operação contra comércio de gado criado em áreas embargadas por desmatamento ilegal – (Foto:Divulgação/Ibama)
Fiscais do Ibama em operação contra comércio de gado criado em áreas embargadas por desmatamento ilegal – (Foto:Divulgação/Ibama)

A empresa destaca que possui há 15 anos uma política de compra responsável e um sistema de monitoramento geoespacial que “garante que a companhia não adquire animais de fazendas envolvidas com desmatamento ilegal, invasão de terras indígenas ou áreas de conservação ambiental, que estejam embargadas pelo Ibama, ou ainda que estejam na Lista Suja do Trabalho Escravo”.

A reportagem também procurou Frizam e 163 Beef por email e telefone na sexta, 25, mas não teve resposta. Em nota enviada nesta segunda, 28, a Frigol disse que o Ibama se baseou em documentos autodeclaratórios dos vendedores que estão errados.

“A FriGol não adquiriu animais destas áreas. Por isso, afirmamos que se trata de um erro de validação de dados por parte do Ibama e quem oportunamente, no curso do processo administrativo, restará clara a conformidade da FriGol“, disse a empresa.

No total, segundo o órgão ambiental, foram apreendidas 8.854 cabeças de gado. A operação, batizada de Carne Fria 2, mirou empresas no Amazonas e no Pará e resultou em 154 autos de infração.

A primeira edição da Carne Fria, em 2017, já havia atingido frigoríficos do grupo JBS, que também foi alvo da chamada operação Carne Fraca, no mesmo ano (as duas ações, no entanto, não estão relacionadas).

Fonte:Com Informações Revista Cenarium e Publicado Por: https://www.adeciopiran.com.br em 30/10/2024/15:56:38
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