(Foto: Reprodução) – A nova jazida , descoberta no oeste do Pará, é uma das maiores do mundo e expandirá a produção daMRN até 2042
Uma das mais importantes descobertas minerais recentes coloca o Brasil no epicentro do mercado global de bauxita, matéria-prima indispensável para a produção de alumínio. Localizada no oeste do Pará, a jazida é um dos maiores tesouros minerais do planeta e promete transformar a região, ampliar a oferta de empregos, aumentar as exportações e atrair bilhões em investimentos.
Desde o começo de setembro passado, quando anunciou a obtenção de uma licença prévia crucial, emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Mineração Rio do Norte começou a se preparar para colocar em prática a expansão de seu ambicioso projeto de extração de bauxita.
Com isso, a vida útil do atual projeto se estenderá por mais de 15 anos, indo de 2027 a 2042. A expansão, explorando a nova jazida descoberta, é essencial para dar continuidade à produção média de 12,5 milhões de toneladas anuais do minério.. O aporte financeiro será de R$ 5 bilhões.
A bauxita é utilizada na fabricação de alumínio, utilizado em setores estratégicos como o automotivo, aeroespacial e tecnológico.
O diretor-presidente da MRN, Guido Germani, celebra o momento histórico: “A nova mina representa um marco para a sustentabilidade de nossas operações e um compromisso com o desenvolvimento do Brasil. Estamos confiantes de que este projeto trará benefícios sociais, econômicos e ambientais significativos.”
Além do impacto global no mercado de bauxita, o projeto deverá beneficiar diretamente os municípios de Oriximiná, Terra Santa e Faro, no oeste do Pará. A exploração será realizada em cinco platôs estratégicos: Rebolado, Escalante, Jamari, Barone e Cruz Alta Leste.
É lógico que haverá impactos ambientais e sociais nessa expansão. Segundo o presidente, o processo de licenciamento inclui planos detalhados para mitigar os impactos sobre a fauna, flora e as comunidades locais. A empresa também se compromete a investir em iniciativas sociais, como capacitação profissional e infraestrutura para as comunidades.
A força do Pará no mercado global
Com a nova mina, o Brasil consolida sua posição como um dos maiores exportadores de bauxita do mundo, reforçando o protagonismo no fornecimento de alumínio. Esse avanço coloca o Pará, com quase 90% das reservas brasileiras de bauxita, como um hub estratégico para o setor mineral global.
O alumínio, cada vez mais valorizado por sua reciclabilidade, é um material crucial para a economia circular, o que torna a exploração sustentável da bauxita ainda mais importante no cenário internacional.
A MRN, composta por gigantes do setor como Glencore (45%), South32 (33%) e Rio Tinto (22%), combina expertise global e força financeira para realizar o projeto de forma eficiente e sustentável.
No entanto, desafios como o equilíbrio entre crescimento econômico e preservação ambiental ainda exigirão atenção redobrada. Com a licença prévia em mãos, a MRN trabalhará para obter as autorizações complementares e assegurar a conformidade do projeto com as normas brasileiras.
Agora, resta a pergunta: como o Brasil aproveitará essa riqueza mineral para consolidar sua posição entre os quatro maiores líderes no mercado mundial? E, mais importante, como transformar esse potencial em um legado positivo para as futuras gerações?
Números da produção nacional
As maiores reservas de bauxita do mundo estão na Guiné, com 7,4 bilhões de toneladas, seguidas da Austrália, com 6,2 bilhões. O Brasil aparece em quarto lugar, depois da Índia, com 2,7 bilhões de toneladas. A produção nacional de bauxita, em 2017, atingiu 36,3 milhões de toneladas, contra os 37,7 milhões do ano anterior, com uma variação negativa de 3,8%.
Entre os estados brasileiros, o Pará representa 89,5% da produção nacional de bauxita, seguido por Minas Gerais. As maiores empresas produtoras de bauxita estão no Pará, são elas: Mineração do Rio Norte, Mineração Paragominas e Alcoa World Alumina Brasil, pertencente aos noruegueses da Norsk Hydro.
bilhão de reais para os próximos 3 anos. Em relação a mão-de-obra utilizada na mineração, 2017 registrou 8.732 empregados, a maioria (75%) são de operários de mina e usina e, apenas, 7% são de nível superior.
Fonte: Redação e Publicado Por: https://www.adeciopiran.com.br em 25/11/2024/17:04:38
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