Eleições 2024: Mais de 139 mil jovens de 16 e 17 anos devem ir às urnas no Pará

Desde o início do ano de 2024, mais de 400 mil títulos de eleitores foram feitos por eleitores desta faixa etária – Foto: Divulgação TSE

Segundo informações do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, ações de conscientização da importância do voto ajuda na busca da emissão do título antes da idade obrigatória.

A duas semanas para as Eleições 2024, um grupo específico de eleitores tem se destacado no estado do Pará: jovens de 16 e 17 anos aptos a votar este ano.

Segundo dados do Tribunal de Justiça do Estado, mais 139 mil adolescentes, que fazem parte do que é considerado voto facultativo, emitiram o título de eleitor para exercer o direito ao voto em 2024.

Dados apontam que são 58.639 pessoas com 16 anos, o que equivale a 0,94% do eleitorado paraense, e 81.318 com até 17 anos, representando 1,40% do total de eleitores do estado.

Um exemplo desse percentual é Amanda Silva, de 16 anos, estudante do 9º ano do ensino fundamental, que pediu à mãe, Kátia, para que a levasse aos locais competentes a fim de realizar o cadastro e emissão do título de eleitor quando ainda tinha 15 anos.

A emissão só foi possível pois, segundo o site do Tribunal Superior Eleitoral, é possível obter o título de eleitor desde que, até o dia da votação oficial, o eleitor tenha 16 anos completos, o que foi o caso de Amanda, que comemorou seu 16º aniversário em Julho.

A iniciativa partiu da própria estudante, que reside no bairro do 40 Horas, em Ananindeua, região metropolitana de Belém, depois que passou a prestar mais atenção nos inúmeros problemas de saneamento e infraestrutura na localidade onde mora.

“Infelizmente, sempre aparecem pessoas aqui prometendo mudar a realidade do lixo, das vias esburacadas e de todos os outros problemas que enfrentamos por aqui. Ir às urnas faz com que eu também tenha voz nessa decisão de eleger pessoas realmente comprometidas com a nossa comunidade”, relata.

Ir às urnas reflete a esperança de melhores condições de vida

Filha única de uma mãe solteira, que obtém o seu sustento e o da filha com serviços domésticos a troco de diárias de, no máximo, R$ 150, e da produção de panos de prato decorados revendidos a R$ 30, Amanda conta que toda a sua história de vida é baseada em ajudar a sua mãe, principalmente com a organização da casa onde moram.

Essa distribuição de tarefas das duas ajudou a fazê-la entender a importância de ter representantes públicos que invistam na educação e na geração de emprego, uma vez que grande parte das dificuldades enfrentadas pelas duas vem da falta de uma renda fixa e de um trabalho estável.

Segundo Amanda, a renda da família é composta pelas atividades domésticas, as produções de artesanato, que rendem um valor, em média, de R$ 175 por mês, além de benefícios sociais, como o Bolsa Família e uma ajuda de custo fornecida pelo pai dela.

“A vida é bem difícil por aqui, pra mim, pra minha mãe, e fica ainda mais difícil quando a gente junta as dificuldades financeiras com a falta de segurança do meu bairro, com o lixo espalhado pelas ruas, então acaba sendo um sacrifício dobrado”, pontua.

Adolescentes estão cada vez mais conscientes da importância do voto

Uma das justificativas para esse aumento é o investimento em promoção de informações e ações de conscientização sobre eleições. Uma das formas usadas pelo TRE do Pará para incentivar ainda mais esses jovens é o Programa Nacional do Eleitor Futuro, criado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), executado por intermédio da Escola Judiciária Eleitoral – EJE.

O programa visa levar cidadania e conscientização política para crianças e jovens, principalmente nos espaços escolares, onde incidem a maioria dos que fazem parte desse grupo.

Durante o programa são abordados temas como: importância do Alistamento Eleitoral, Representatividade Política para as minorias, Fake News e a segurança das Urnas Eletrônica.

Após a apresentação, é aberto um espaço para perguntas, quando os participantes tiram suas dúvidas a respeito dos assuntos tratados, e em seguida recebem brindes, como camisas e bonés.

As ações ocorrem em instituições públicas e privadas e frequentemente contam com a presença dos secretários de educação do município, prefeito, representantes da OAB, entre outros.

 

Fonte: g1 PARÁ e Publicado Por: https://www.adeciopiran.com.br em 23/09/2024/09:41:38
Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação blog https://www.adeciopiran.com.br (93) 98117 7649/ e-mail: mailto:adeciopiran.blog@gmail.com
https://www.adeciopiran.com.br, fone (WhatsApp) para contato (93)98117- 7649 e-mail: mailto:adeciopiran.blog@gmail.com