Conheça o projeto que fortalece a educação ambiental sobre rios de Belém e de outras cidades do Pará

(Foto: Ivan Duarte | O Liberal) – Pedro Lucas e Larissa Azevedo atuam no OCA

Projetos que pensam sobre recursos hídricos ganham visibilidade no Dia do Rio, celebrado neste domingo (24)

Banhada por rios, Belém presenteia quem mora e visita a capital com beleza e ar inconfundível. Da baía do Guajará aos cursos d’água que atravessam bairros, os rios podem ser vistos em diversos lugares. Na Amazônia, inúmeras entidades, entre o setor público e privado, realizam iniciativas que buscam discutir a qualidade dos recursos hídricos e a importância de sua preservação.

Neste domingo (24/11), quando é celebrado o Dia do Rio, a temática ganha maior visibilidade com vários projetos e iniciativas. Um exemplo é o Observatório da Costa Amazônica (OCA), projeto da Faculdade de Oceanografia, da Universidade Federal do Pará (UFPA), que promove ciência cidadã com programações ao redor de rios, como Tucunduba e Sapucajuba.

Coordenado pela professora Sury de Moura Monteiro, o OCA foi criado há 15 anos buscando realizar a monitoração de dados ambientais e conta com um grupo de 50 pesquisadores, entre estudantes de graduação e pós-graduação. A partir desse trabalho, o projeto criou uma vertente, o OCA Social, em que 12 pesquisadores atuam promovendo ações de sensibilização ambiental para a comunidade, tanto de dentro quanto de fora da Universidade.

“As nossas ações de sensibilização ambiental já ocorrem há cerca de oito anos tanto nos rios da região urbana de Belém quanto na zona costeira, como no município de Salinópolis e São Caetano de Odivelas. Nesse ano, nós expandimos nossas atividades para Ilha do Marajó, para Magalhães Barata, para Augusto Corrêa e para outros municípios do Maranhão também”, ressalta a coordenadora do projeto, Sury Monteiro.

Visitas em torno dos rios

Nas ações, são realizadas visitas em torno dos rios amazônicos. Nelas, os participantes conhecem a importância dos cursos hídricos e como podem atuar na sua preservação. “Nós realizamos várias ações com o objetivo de que as pessoas possam visualizar o Tucunduba, e também outros rios como um ambiente que tem vida. Nós recebemos estudantes de escolas públicas, universitárias e também o público geral. [Nas programações] nós queremos que os participantes sintam-se protagonistas e que podem mudar a situação do rio. Para isso, nós aplicamos, por exemplo, protocolos de avaliação rápida, para que eles entendam que ali tem um ambiente que pode ser recuperado”, explica Pedro Lucas Gama, estudante da UFPA que atua no projeto.

(Foto: Ivan Duarte) - Pedro Lucas Gama é estudante do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFPA .
(Foto: Ivan Duarte) – Pedro Lucas Gama é estudante do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFPA .

A estudante do curso de Oceanografia, Larissa Azevedo, também atuante no projeto, revela que o protocolo aplicado durante a atividade é uma forma de avaliar a percepção de estudantes e da comunidade que visitam os rios, além de mostrar que qualquer pessoa, independente da profissão, pode fazer ciência.

(Foto: Ivan Duarte) - Larissa Azevedo é estudante do curso de Oceanografia da UFPA.
(Foto: Ivan Duarte) – Larissa Azevedo é estudante do curso de Oceanografia da UFPA.

“O protocolo serve como um catalisador da ciência cidadã, por meio dele nós conseguimos avaliar a percepção de quem vem participar da atividade. [Na ação] eles são convidados a chegar próximo aos rios e a partir daí discutir as questões ambientais: se tem vegetação ao longo da margem, se tem animais no local, se tem atividade antrópica, qual a cor da água e por aí vai. Com isso, nós queremos mostrar que crianças e adultos de diferentes profissões e faixa etárias, podem fazer ciência”, enfatiza a estudante.

Resíduos plásticos são transformados em outros materiais

Além do OCA Social, o Observatório da Costa Amazônica originou um outro projeto, o “Precious Plastic”, que atua na desplastificação de rios urbanos e na transformação dos resíduos, principalmente tampas de garrafa retiradas dos rios, em novos objetos, como porta-copos e brinquedos. “Para a pessoa levar um desse para casa a gente faz um sistema de trocas: a cada 100 tampinhas, você leva um lindo brinde feitos com esses materiais”, finaliza Larissa Azevedo.

(Foto: Ivan Duarte) - Resíduos plásticos transformados em outros materiais.
(Foto: Ivan Duarte) – Resíduos plásticos transformados em outros materiais.

Programação

No próximo dia 5, o projeto promoverá uma programação especial de Natal. “As luzes do Tucunduba no Natal de 2024”, contará com atividades no espaço Itec cidadão, na UFPA, que iniciarão pela manhã e seguirão até o início da noite. O evento será gratuito e aberto a toda população.

 

Fonte: André Furtado | Especial Para O Liberal e Publicado Por: https://www.adeciopiran.com.br em 25/11/2024/17:04:38
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